• Do subterrâneo vem os primeiros acordes de uma levada reggae, que mais tarde recebe rimas conduzidas num flow próximo ao ragga, que confunde e quase engana. Mas ainda é rap. “Como poderia me vendar ou me vender?”. Responde daí, que daqui o Ataque Beliz responde em seu mais novo clipe.
Por que não rimar e receber (de preferência, bem) por isso, assim como um trabalhador recebe por seu dia de trabalho? Por que não ser reconhecido pelo som que faz, ter um show cheio, uma estrutura legal para trabalhar? Não é pedir demais.
Do underground de Brasília para o mundo, Benjamim, Mulumba Tráfica e Higo Melo lançam mais um clipe que aumenta a lista de bons videos de rap brasileiro na praça. Os MC’s – sempre na estica, como dizemos por aqui -, juntos desde 2002, fazem questão de dar a devida importância aos videoclipes, pela identificação visual e pela consciência de que, hoje em dia, o lance não é só ouvir, mas sim também ver a música.
E nisso o Ataque Beliz também está ligado, assim como sabe bem o que “Como Poderia” representa. “Estamos protestando e construindo uma resistência, mesmo que o resultado seja receber migalhas pelo fator da pergunta, como poderia me vendar ou me vender?”, explica Benjamim.
Quem não conhece Brasília, eis um passeio curto, porém digno da passarela subterrânea da 110 sul, próximo ao Cine Brasília, até o viaduto entre o Conjunto Nacional e Conic e as cidades do Paranoá e Itapuã. Na essência da simplicidade, o diretor André “Iso 25″ Silvério e a fotógrafa Tatiana Reis (além da direção de arte do MC Higo Melo) podem considerar que fizeram um bom trabalho.
Via Per Raps
• Videoclipe Um Brinde, do grupo Inquérito, dirigido por Vras77 lança, de forma independente, uma campanha contra o álcool em mais de 170 pontos do Brasil e cinco pontos no exterior: Londres, Nova York, Cuba, Guiné Bissau e Lisboa.
Com cenas gravadas em Santa Bárbara D´Oeste, Nova Odessa e Campinas, o videoclipe passa pelo plantio da cana de açúcar, pelo etanol que abastece os carros, pelo produto que adoça os alimentos e bebidas e chega à cachaça e aos derivados e aos malefícios que a ingestão da bebida pode causar.
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Via Rapevolusom
• O rapper X, criador da extinta banda Câmbio Negro, concedeu uma entrevista para a Revista de Rolê. O bate-papo de mais de 35 minutos (divididos em três partes) foi gravado em novembro do ano passado, e publicado na semana passada. Nele, X fala sobre seu envolvimento com a cultura hip-hop (começou dançando breaking), relembra a trajetória do Câmbio Negro e aborda questões diversas, como o que anda ouvindo ultimamente, os diferentes estilos de rap, a proliferação do hip-hop pelo Brasil e o papel sócio-político da cultura, entre outros assuntos.
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• Formado por Akilez (voz, mpc, escaleta e programações), Daniel Gralha (voz, trompete, fluguel horn e escaleta), Alex Dias (contrabaixo acústico e elétrico), Marcopablo (guitarra), Flávio Lazzarin (bateria) e DJ B8 (Toca discos e samplers), a banda Projetonave acaba de colocar no ar seu website oficial. Lá é possível encontrar, além da agenda da banda, galeria de fotos, imagens de flyers, discografia e até um blog, com notícias e informações selecionadas pelos artistas.
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• É do Rio Grande do Sul que o rapper Gordo manda seu rap, seu mais recente trabalho é o EP Licença aos Noturnos, uma produção de DJ Tuca Machado, artista que deu ao EP instrumentais densos com clima soul e timbres que remetem ao som alternativo dos EUA. Equilíbrio e sentimento são embalados em rimas que falam de consciência e esperança. Os destaques são as faixas "Viva vóiz", "Dexa" e "Novo dia".
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Via Bocada Forte
