4 de junho de 2008

Seminário Fora do Eixo, 9mm em São Paulo e Michael da Silva lança conto.

Fora do Eixo surgiu quando artistas e trabalhadores que integram o setor cultural sentiram a necessidade de mudar suas condições, em que, geograficamente falando, eram desprovidas de oportunidades, circulação de informações e investimento no setor.Incentivadores do processo de evolução da cadeia produtiva, dentro do contexto da arte e política sociocultural, optaram pelas promoções de uma rede de troca aliada a economia solidária.

São agentes do segmento da música, dança, artes visuais e comunicação dando um novo rumo de organização no hip hop partindo do preposto “uma mão lava a outra”.O hip-hop entrou nesse bonde promovendo em uma lista de discussão na internet e seminários. Sendo que o primeiro foi realizando em Cuiabá (MT) e o segundo, Hip Hop Fora do Eixo que será realizado em Goiânia, entre os dias 25 e 26 de julho. Na programação haverá debates da rede, produção de festivais independentes, elaboração de projetos, criação de selos além de um workshop de comunicação.

O encontro tem com objetivo fomentar e estimular a cadeia produtiva do hip hop.Participarão do seminário coletivos, artistas, produtores culturais, bem como profissionais na área de desenvolvimento social e adeptos da cultura urbana e comunicadores. O intuito dos representantes é diagnosticar as frentes de trabalho, estabelecer metas, fazer uma análise geral das ações de cada proponente e apresentar o Favela Card, que é a moeda de troca do hip-hop que contribuirá com o fortalecimento da cena independente.

Fonte: Hip-Hop Fora do Eixo MT

• A Fox está produzindo a sua primeira série no Brasil. Rodada em São Paulo, a série "9 mm São Paulo" foi filmada em locações reais na cidade de São Paulo, incluindo unidades policiais, hospitais, centros de treinamento e favelas. Foi inteiramente filmada em High Definition, com atores brasileiros, mas sem nenhuma estrela conhecida popularmente, como é comum em séries americanas - vi apenas um rosto conhecido da antiga "Turma do Gueto" da Record. A estréia está prevista para 10 de junho, 22 horas, terça-feira. O foco será uma equipe de agentes do departamento de homicídios da Polícia Civil de São Paulo.

O roteiro é de Newton Canitto, que também escreveu episódios de “Cidade dos Homens”, e Carlos Amorim, autor dos livros “Comando Vermelho – A História Secreta do Crime Organizado” e “CV–PCC – A Irmandade do Crime”. “ Trabalhamos bastante para que todos os atores, mesmo os coadjuvantes, entendessem o roteiro e ficassem a par de toda a história, para que pudessem dar a maior contribuição possível para que os personagens realmente existissem. Eu falo: ‘Não atue, faça de verdade’, e damos total abertura para que os atores modifiquem os diálogos”, diz o diretor Michael Ruman.


A chamada que está sendo veiculada na Fox parece interessante (clique aqui para assistir). Tecnicamente, parece bom, com cenas de ação bem feitas (sem o padrão artificial, comum no gênero, como no próprio "Turma do Gueto" da Record). A imagem é muito bonita, inclusive com locações interessantes de favelas. A estética mostra um visual clássico paulista, com paredes em ruínas, graffites e barracos de madeira como pano de fundo para o desenrolar da trama. Sobre o enfoque, quanto ao grau de realismo e a visão e posicionamento ideológicos (nada é neutro...), aí é outra história...

Outro problema pode ser a dificuldade de seguir uma narrativa que não seja americanisada. Um olhar mais apurado sobre a página da internet e sobre a chamada já denuncia algo neste sentido. Os distintivos, por exemplo, parecem os da polícia de Los Angeles. Segundo um entendido no assunto, o distintivo pertence ao L.A.P.D. (Los Angeles Police Department). A pistola que dá nome à série (9 mm) está longe de ser uma realidade da polícia paulista, que usa, na esmagadora maioria dos casos, .40 e .45, raramente e apenas recentemente alguns setores adquiriram as 9 mm. Será que a direção optará por realizar um novo C.S.I. (versão São Paulo). Ao menos os coletes clássicos da Polícia Civil de Sampa estão lá... será que vai ser o velho discurso chavão do mocinho e bandido? É esperar pra ver.


O fato é que as produções audiovisuais brasileiras, tanto em Cinema quanto em televisão, tem seguido uma linha comum de mostrar uma realidade que sempre foi escondida ou ignorada. Foi assim em Cidade de Deus, Carandiru, Tropa de Elite, Antonia, Cidade dos Homens e Turma do Gueto, entre outros. Em alguns momentos, a idéia rende bons frutos, em outros nem tanto. Em alguns casos, como em Cidade de Deus, a violência, a miséria, o tráfico e outros problemas brasileiros são mostrados de uma forma até interessante. Em todos estes exemplos, no entanto, não se consegue mostrar a razão destes problemas, não se problematiza ou questiona a origem do caos social que é mostrado na periferia do Brasil. Fica somente a imagem da miséria do Brasil, como se os miseráveis fossem os responsáveis (e não as vítimas...) pelo massacre cotidiano que vivenciam.

Fonte: Blog do Elemento



Michel da Silva, criador do Sarau Elo da Corrente, disponibilizou para download o seu primeiro livro de contos com o título “Desencontros”, que teve a tiragem impressa esgotada.

Michael da Silva - Desencontros


Fonte: Bocada Forte
 

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